segunda-feira, 26 de março de 2012

e me desculpem os letrados...

me desculpem os letrados
eu não respeito tempo ou código de linguagens
eu não teria vinte vírgulas pra dizer sabedoria
nem decassílabos poetizados que sábios já me disseram
pra falar a verdade eu não entendo nem mesmo o que faço
cedo ou tarde não entenderia vossas defensorias
me vivo no mercado, o da produção-desaprendices
que circundam as barracas dos feirantes
as toadas de velhos cansados
desculpem-me de novo
se vivem vocês uma dislexia
eu abro a gaiola das palavras
e não conjugo em primeiras falas
e aquelas nossas epifanias, perdoai-me...
me desculpem os doutores
eu ando inventando palavras
e nem cheguei aos pés de seus superiores
não tenho nada prapenteados
não defino meus poemas
doutores são os povos da minha casa
minha terra e simplicidade
comecem vocês cordelistas natos a dizer o quê e o que faço!

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