legendas


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1 comentários:

  1. jamerson12 de fevereiro de 2013 às 20:47

    PINTURA DE LETRAS

    Um salão,
    Não sei porque atraente,
    Coberto por fino tapete de poeira,
    Decorado por cinzas, toias e cuspes
    E seres dementes.

    Assim seria,
    Se pintado fosse por Frida.

    Pisoteado por vermes, porcos,
    Raposas velhas e hienas,
    Que se denominam gente,
    Peles recheadas com ossos e vísceras,
    Antropocêntricos anômalos sem mentes.

    Frascos sem essência,
    Mas com respingos de veneno,
    Que vomitam letras pontiagudas
    E nicotinas enxofradas,
    Demônios!
    Que se denominam gente.

    Assim seria
    Se pintado fosse POR Kahlo,
    Sofrida.
    Todos diante de quadrilátero altar,
    A adorarem atraentes cilindros ocos de vidro,
    Recheados com o néctar de suas demências.

    Mamon! Mamon!
    Eis aqui teus súditos.
    Momo! Momo!
    Eis aqui teus servos.

    Servos demoníacos
    Disfarçados de gente.

    Projetam insaciavelmente,
    Suas letras dardos
    Na boca do estômago
    Dos ingênuos desatentos,
    Gargalham a contento
    Os demônios sedentos.

    Varam com suas letras
    A nicotina enxôfrica,
    Acertando a face avermelhada
    Do filho que sonhava ser pródigo.

    Mamon! Mamon!
    Momo! Momo!
    Salva teus escravos,
    Antes que a mediocridade os mate.

    Assim é pintado em letras,
    Por este poeta.
    Por Jamerson F. Leite.



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