segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

último dia do ano


último dia do ano

é estar no começo do fim
e à espreita do recomeço

é fechar todas as portas do não
e abrir as janelas dos sins

é sorrir independente
da lágrima que escorre

por querer
que escorra o passado
e um novo presente deságue.

Do Blog Para Ler Depois, para todos que o acompanham.

domingo, 30 de dezembro de 2012

cata vento



cata vento catou a casa
o gato e a gata catou
foi um cata cata de máscra
que o galo no dia calou

cata vento catou o canto
que um dia o sabiá cantou
catou o pisar da calçada
que até as rosa muchou

cata vento catou a estrada
a mãe e o pai do amor
tirou da madeira o tablado
das face tirou a cor

cata vento catava sonho
a fé do trabalhador
queria catar tanto o mundo
que até ele mesmo catou.

sábado, 29 de dezembro de 2012

mãe de atriz




Era uma mãe de atriz:

Chegava na cozinha e...: "- Que é isso, menina? Chorando por quê?"
Da sala sorria de volta: "- Uma hora tu chora outra hora tu rir!"
Quando se aproximava: "- Ouxe, menina, tu não tava era rindo?"

Era o dilema da mãe da atriz.




sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

alcoviteira


A vida
é um alcovitar
de felicidades alheias...



Imagem: Filipa Sottomayor (rasgo.wordpress.com)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

religion sex


Sexo
no pecado é sábado.
É sábio
e no-iê é sagrado.

Imagem: livre pesquisa Google.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

eu homem



Quando na cama comigo,
você me faz sentir homem
rodeado de mil mulheres
dançando nuas pra ele.














Ilustração de Carlos Zéfiro

sábado, 22 de dezembro de 2012

a casa




os brinquedos estão todos espalhados pela casa
a casa não está varrida
para deixar a casa varrida
é preciso recolher os brinquedos espalhados pela casa
e a casa ficar limpa
até a criança brincar e cansar e ir dormir deixando os brinquedos espalhados pela casa.
e a casa é a gente
e a criança é a vida
todos os dias a casa é preciso ser varrida
pra que a criança brinque.

Imagem:  Brinquedos são vistos espalhados no chão de uma antiga creche na cidade abandonada de Prypiat, Chernobyl.



prato frio

Não importa a graxa da carne
o arroz
é frio.

Não importa a intensidade
a vingança
é fria.

E eu como arroz
que é o que vinga.


poema

Eu desaprendi a escrever poemas.
























































Eu desaprendi a escrever poemas?












































Eu desaprendi a escrever poemas.































































































































































terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Beijo da Morte


E a vida ficou tão prática que até esqueci quando o beijo
foi beijo roubado.


Beijo da Morte, por Wallace Martins - espetáculo Mercado da Zero Hora, Zecora  Ura.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

caber e sair



Não me reprima desse tempo sem-tir,
eu 
que sofro de sensibilidade exacerbada, 
preciso de um tempo
pra caber em mim
e
sair.




Imagem: Bhavesh Patel

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Reconstrução



Me destruo. Pra me reconstruir.




Recomeço



Me desconheço. Pra me reconhecer.




Estranho-me

Não ficaria sem voz assim
Nem sem saber por onde começar ou como agir!
Eu não me permitiria mesmo me entregar
Noutro tempo? Ria de mim... ria de mim!
E não querer que te vás? Ah, conta outra...
Estranho-me.
Sufoca-me a ideia de me ver assim!
Afogame-me estar assim!
Mas meu bem, isso não vai vingar
Tu não te vogas em mim
Não cabes
Não me continua!
Não há eu em ti.
Não se preocupes, te mandarei sândalos
p'ro machado que o feriu...
E quanto a mim?
Ah, eu não sobreviveria a isso sem mim
Amanhã irei acordar e lá estará você: folhetim.



Enquanto houver empate

Ele: - Quanto mais te odeio, mas te amo!
Ela: - Quanto mais te amo, te odeio mais!

Ele e Ela: - No fundo mesmo? Nos odeiadoramos!!!


...




domingo, 9 de dezembro de 2012

oração-promessa

Que 
eu 
não 
tenha 
mundo 
nas 
mãos. 
Que eu tenha as mãos no mundo.



Imagem: livre pesquisa Google.



O deus sou eu?

Se eu sou um deus então quero saber até onde vou com esse poder. Mas quero para o bem. Não de forma destrutiva por ter o poder de pensar infinita-mente. Quero ser grande, do tamanho do mundo, do tamanho do planeta, do todo e de tudo! Já que é isso que o homem quer tanto ser, ou melhor, ter. Mas quero me aproximar tanto da Natureza, mais tanto, a ponto de ser - de novo - ela mesma. Ah, mas já não somos Natureza? É... o homem ficou tão grande, tão poderoso e tão deus, que sempre me causa estranhamento dizer que ele ainda é Natureza.

Imagem: livre pesquisa Google



Espiritualidade


                                                                                                                          Imagem: livre pesquisa Google

Se abrir para espiritualidade é abrir não só o portal sagrado da força, luz e sabiedade de que precisamos. Vêm as trevas também pra que vivamos no risco, busquemos equilíbrio e por fim, os males, que não estão nada felizes com isso...

Lágrimas




São tantas lágrimas que não sei mais se é tristeza ou alegria.




sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

tu, fotografia




EU
VEJO 
VOCÊ 
EM 
CADA
POSSIBILIDADE
DE 
FOTOGRAFIA.




quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

anestesia


minha anestesia é você
o que me deixa crua e fria
a ponto de não saber chorar

a verdade é dura e só
e não quero mostrá-lo 
a estampa que ficou 

descascada
fisga-me e espanta 
o descasco na cara

e eu sigo
dobrando todas as ruas 
à carne dura
que a estrada sem curvas
meu bem,
me inebria: é você.





Escrever

"Escrever é igual foder. Só os amadores se divertem. Ou você já viu uma puta dando risadinhas por aí?" 

(Hunter Thompson)

Opa! Foi o que encontrei no blog do Guilherme Ramos, e citação perfeita para definir o meu motivo de escrever. Amadoramente. Para ser mais feliz e sim, dá risadinhas por aí... 

Você

Você me

des,
,
,
,
,
,
,
,
,
,
con !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ti

.............................................. nu-ou !




e eu acabei.




segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

tronco

Meu corpo é feito para a carícia e o abandono

- tal Árvore-Mãe recebe seus peregrinos entre as florestas...





Tal Árvore-Mãe recebe seus peregrinos entre as florestas,

meu corpo é feito para a carícia e o abandono.
 
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