sexta-feira, 30 de março de 2012

Met

antes de tudo que agora sin_
são cenas
não repetidas cenas
a vonta_
o ans_
de vol_
e refa_
flash back
fio perdido e_
avess_
não sei
onde tudo começou o agora
perd_
n_
espa_
cac_
vassoura é chegada e joga no lixo os pedaços



Pra que serve o medo?

Se não houvesse medo

de nada valiam os atos.
Pois tudo o que faço, faço.

Se enfrentando medos.

Se não houvesse medos
eu não faria nada.
Com medo da falta de medos.

Que medos terão sempre medos.

segunda-feira, 26 de março de 2012

e me desculpem os letrados...

me desculpem os letrados
eu não respeito tempo ou código de linguagens
eu não teria vinte vírgulas pra dizer sabedoria
nem decassílabos poetizados que sábios já me disseram
pra falar a verdade eu não entendo nem mesmo o que faço
cedo ou tarde não entenderia vossas defensorias
me vivo no mercado, o da produção-desaprendices
que circundam as barracas dos feirantes
as toadas de velhos cansados
desculpem-me de novo
se vivem vocês uma dislexia
eu abro a gaiola das palavras
e não conjugo em primeiras falas
e aquelas nossas epifanias, perdoai-me...
me desculpem os doutores
eu ando inventando palavras
e nem cheguei aos pés de seus superiores
não tenho nada prapenteados
não defino meus poemas
doutores são os povos da minha casa
minha terra e simplicidade
comecem vocês cordelistas natos a dizer o quê e o que faço!

sábado, 24 de março de 2012


Meu sexto sentido é o mar.

-Menino.

quinta-feira, 22 de março de 2012

(In)preciso


O mar é indeciso.
Não sabe se vai ou se fica
e fica indo e vindo.
Amar é preciso.

                                                    O mar é indeciso. 
Amar é preciso 
Não sabe se vai ou se fica 
e fica indo e vindo.
.

Amar é preciso.
O mar é indeciso.
e fica indo e vindo.
Não sabe se vai ou se fica



O mar é indeciso.
e fica indo e vindo.
Não sabe se vai ou se fica
Amar é preciso.

Não sabe se vai ou se fica 
e fica indo e vindo.
Amar é preciso.
O mar é indeciso. 

e fica indo e vindo.
O mar é indeciso.
Não sabe se vai ou se fica
Amar é preciso.





terça-feira, 20 de março de 2012

o poder do papel

papel moeda move o mundo
move montanhas
move cérebros
células-tronco

papel de pão
move moinho
move meninos
movendo a fome da multidão

papel de carta move ilusões
move emoções, lágrimas e confusões

papelão cobre o frio, cobre rua, cobre turismo
hipocrisia que samba enredo

papel-da-Índia move fé
move dízimos
não move leis, move a verdade

papel bouffant move livro
move saber
move crescer
move poeira de mão em mão

papel jornal passa batido
move rápido
movia comunicação
não move mais informação

papel moeda
papel bristol
papel-de-arroz
papel vergé
papel moeda

papel moeda
que move o mundo
move montanhas
cérebros
células tronco

move papel de bobo
papel da população

segunda-feira, 19 de março de 2012

Menino do Rio... São Francisco


Esse teu sorriso bobo
Ai de mim, menino frio
se me sacio...

se o vejo partindo
como ao fim do dia
a ti e ao meu coração
menino cercado

moço do rio,
se tu és moço do rio e eu feita de mar... o que seria se o teu rio no meu mar se jogasse?

Querida Thays,


Retire a postagem que você publicou, menina
Não me comprometa
ele pode ver
e saber
e se encher de vida...
Que meu amor é pelos cantinhos de vida. 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Conversas e Pernas: Convexas


Aquela nossa conversa de pernas
Não se fez na última esquina
Como já feita entre abraços delas
e beijos por elas trazidos.

Talvez tuas pernas
que tanto por terras distantes 
tenham  esquecido as minhas

que tanto por terras constantes.

A nossa última fala
perneio sempre comigo
Caminho com a presença delas
mas pernas
estão sempre indo.

terça-feira, 13 de março de 2012

Escrevo. E rima com o que mesmo? Esmo. À esmo. (?!)


às vezes escrevo

não pelo dizer

ou pelo bem querer

mais pela vontade

em tê-las e

vê-las

do que querer

o quê no dizê-las

assim

espalhadas

divididas

separadas

ou não

deixam-me em fascínio

fácil fácil me intrigam

e

nelas

por serem elas é que elas

são

que me completam

sem se cobrar

sem se pedir

ou retirar

às vezes, discutem ou fecham-se

meninas feitas de foice

mas elas serão mais que elas

palavras do meu vazão.

sábado, 10 de março de 2012

Alguém que te ouça



Sabe, meu bem, fazia tempo que eu não ia à praia encontrar você sentado onde você sempre senta e observa todo mundo que passa. Calado, escuta cada palavra que eu diga e nunca atrapalha. É que eu estive por aí na corrida do enlouquecida do sifrão que nos cerca. Todo final de mês é a mesma coisa. E, meu bem, não se preocupe, eu não consegui conversar com ninguém. É que nessa época a corrida não é só minha, não, e não sobra um cristão pra uma conversa dessas.
Dia desses ouvi um cara na rua  dizer para o outro que, recém voltado de São Paulo presenciou uma cena indo buscar o metrô, ele dizia que do lado direito da escada rolante ninguém ia, é a parte dos que passam correndo e quem estiver no caminho, se prepare, vai ser pisoteado! Fiquei de cara, mas vou entendendo cada vez mais onde estamos vivendo. Ou melhor, morrendo.
Na sexta fui a um bar, você sabe, gosto de ter a desculpa de ouvir a conversa dos outros aí me pago uma bebida para. O fato é que duas mulheres, já deviam estar no terceiro litro de conhaque, quando diziam da coisa de não ter alguém que te ouça. Uma delas reclamava do namorado que jamais a telefonava para nada. Ela queria alguém ligando para ela para não falar nada. Ou seja, alguém que não precisasse de um motivo inicial para uma conversa ao telefone, já que presença não tinha. E trabalhavam na mesma empresa, vivendo por uma parede que os separassem.
Aí no caminho encontro um bêbado, devia ter saído do mesmo bar. Me assustou quando cheguei na esquina e ele me abordou dizendo: "Eu bebo para viver, tantas pessoas não bebem e estão morrendo."
Eu não sei, meu bem, é tanta coisa estranha acontecendo. O homem anda se perdendo na coisa mais simples que é a vida. Eu não sei aonde vamos se a coisa continuar. Estamos surdos-mudos o tempo todo, piloto automático.
Diálogo. É preciso reaprender a dialogar. Se eu soubesse, não precisaria vir aqui na praia de Copacabana porque a única pessoa que me ouve é a estátua de Carlos Drummond.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Paz:ciência


Que seja como tudo é.

P A C I Ê N C I A
pAz
        Cien-TE
paz:ciência

e apenas.

Como tudo é. E o que não sabe és.

em viés
e~n~v~i~e~s~a~d~o
nela:

P A C I Ê N C I A
PArA
!
 o que há-de
            ViR
pa-ci-en-te-men-te

V
E
R
I
A

se fosse tu, sapiência.

quinta-feira, 1 de março de 2012

a rede

a rede
todos se conectam
n'ela
e todos se perdem
c'om ela
são linhas e linhas a enlaçar
idéias
informes
solidão
desconexos cérebros sem razão
a rede
estão todos on-line
n'ela
transformando notícias
apagando afazeres
minimizando olhares
do que diz a outra rede
que comanda a população
um lado de cá 
não é o mesmo que o outro lado de lá
em cima do muro
é compartilhar?
e a rede cresce
a rede aumenta
a rede fala
a rede fala
e
vicia falar
e o que se faz pra mudar?
a rede é o que há
a rede cresce
evolução na questão
a rede aumenta
dinheiro no bolso de ladrão
tudo c'om a rede vai
tudo vai
aonde vai?
qual é a nova atualização?
esse é o "x" da questão.
 
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