sexta-feira, 6 de abril de 2012

O fumante


O fumante se mata e sabe E se quer matar-se
Não sofre a fumaça Ou mesmo o engasgo do pigarro
Se dói o arfar E se tenta parar - Não quer
 Perder o afago que em seus dedos
Ventura
A carícia do papel na pele fina dos lábios
Saudades
Não seria exatamente uma morte se matar-se
- A vida o mata
Não entende o que é saúde e praquê serve.
Não entende praquê vida e se guarda aos desenhos enuvados
O fumante perde-se e traga a vida a cada escada
Por querer perder-se sem nenhum contraste.



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